Como sobreviver na era do Twitter
(ou como sobreviver com apenas 140 caracteres)
Um guia ao uso das redes sociais que
envolvem meio bilhão de pessoas.
A reportagem é de Angelo Aquaro, publicada no jornal La
Repubblica, 04-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Há quem, com 140 caracteres, ganhou umas belas férias em Amsterdã.
Dom Sagolla estava no grupo dos
engenheiros de Jack Dorsey e Biz Stone, alma e
mente do Twitter, quando o passarinho
que conecta internet e celular começou a alçar voo. E hoje ele é o autor
de 140 characters: a style guide for the short form (140
caracteres: Um guia de estilo para a forma breve), o manual para escrever bem
em tão pouco espaço. Uma obra tão meritória que fez com que lhe fosse conferido
o International Genius Grant, concedido pela cidade de Amsterdã
para passar um ano inteiro na Holanda. Que, coincidentemente, é o país que mais
tuíta nomundo.
Mas, mesmo sem correr o risco, por assim dizer, de acabar na Holanda,
se soltar no universo dessa rede social de meio bilhão de pessoas já se tornou
necessário assim como se enfiar no trânsito. E, então, eis aqui as sete regras
de ouro pescadas entre os melhores "tuiteiros" do mundo.
Eu, Twitter. Você,
Facebook
Não os confunda entre si. O Facebook é o mural para ver o que
seus amigos estão fazendo. O Twitter é um meio de comunicação
propriamente dito. O especialista Luke Renner otimiza a
síntese: "No Facebook, os amigos conversam. No Twitter, é a conversa que
leva a fazer amigos".
Não há tuíte sem hashtag
Não basta se expressar em 140 caracteres: o verdadeiro tuíte sempre deve ser
acompanhado pela hashtag, isto é, pelo "tema" ao qual a
mensagem se refere. Basta, na prática, que a palavra ou a frase seja precedida
pelo símbolo de sustenido (#).
Não fique com uma cabeça de ovo
A pior forma de se apresentar no Twitter é o de não inserir
uma imagem para substituir o ovo branco que é padrão na rede social. Uma
minibiografia também é indispensável: rosto e história tornam o usuário mais
confiável.
Não basta um link
Cada vez mais, os tuítes se reduzem a um link que remete a outra página. O uso
está correto, mas não se for um fim em si mesmo. É justo limitar-se a um link
para um jornalista ou para um operador de mídia que quer indicar um artigo. Mas
oTwitter também e acima de tudo é conversação, expressão de
opiniões, perguntas para circular.
É preciso um amigo
E ele chegará. Uma das coisas mais frustrantes para quem começa é contar os
"seguidores". Entrar no Twitter é como entrar em uma
nova comunidade: leva tempo. Mas, ao contrário do Facebook, deve-se
lembrar que vence o tema da conversa e não o círculo de amigos. A hashtag justa
permitirá que se entre diretamente nas listas de quem está seguindo esse
discurso. Importa o que dizemos, mesmo que sejamos completos desconhecidos.
Só ferramentas
O Twitter é uma ótima invenção, mas ainda melhores são as
"ferramentas" e os aplicativos que nos permitem desfrutar de toda a
sua eficácia. O Twitterrific é muito útil para as conversas ao
celular. E, no computador, o TweetDeck é fundamental: ele
permite que você organize seus tuítes em colunas que podem ser divididas por
sujeitos ou assuntos. A melhor maneira para não perder a cabeça perseguindo o
passarinho.
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